A Comunicação no auxílio de novos diálogos
O ser humano evoluiu tanto em aspectos econômicos, tecnológicos, políticos, mas ainda assim deixa a desejar socialmente. No entanto, permanece carente de lapidação em outros, como por exemplo, a falta de reconhecimento do direito individual.
As forças patriarcais, tradicionalistas são fatores de peso elevado. Apesar de todas as mudanças pelas quais a sociedade já passou, essas correntes parecem valer mais que a lei. A ausência de informação, a intolerância e o desrespeito contribuem para casos fatais de violências, de cunho racial, feminicídio, entre outros. Assim, áreas como a comunicação são essenciais para levar ao seio da sociedade discussões necessárias ao entendimento da diversidade, nas suas mais variadas formas.
O Boticário com a campanha “Dia dos Namorados”, veiculada em 2015, quebrou o tabu referente a homoafetividade. A Dove trouxe a Campanha “Dove, retratos da real beleza”, em 2013, que desfez padrões de beleza impostos pela sociedade. Ambas empresas exemplificam bem o trabalho do relações-públicas e como a comunicação contribui na quebra dos paradigmas do senso comum. A diversidade é uma fonte de dinamismo, e a comunicação carrega ferramentas suficientes para dialogar com a sociedade e compartilhar discussões que trazem à tona o respeito ao próximo e suas particularidades.
Dessa forma, a visibilidade desses grupos contribui para discussão e legitima a luta em prol da diversidade. É na comunicação que o indivíduo expressa suas opiniões e posicionamentos. É onde contrapõe com outros indivíduos de contextos culturais distintos. A livre manifestação de pensamento é consagrada na Carta de Direitos Humanos das Nações Unidas e na Carta Magna de inúmeros países. Por exemplo, no Brasil, o Art. 5º destaca que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Todavia isso só será possível a partir de debates cada vez mais freqüentes nos diversos seguimentos sociais. A comunicação social tem um papel fundamental na promoção desses debates.
