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O que fazer em crise?



Gerenciamento de crise é o tema da semana no De Repente RP, e nada melhor do que trazer para vocês alguns exemplos de crise que figuras públicas sofreram recentemente. Falaremos ainda como o relações-públicas poderá atuar para amenizar os efeitos de uma crise.


E o que é crise? É um estado de desequilíbrio ou desajuste; é um evento não planejado e nenhuma pessoa ou organização está livre de enfrentá-la. E se torna um grande problema que afeta a imagem, reputação, credibilidade. Para começar a resolvê-la é preciso que se tenha um plano de ação. A falta de planejamento e o desconforto gerados pelo desconhecido resultam em atitudes desastrosas e que, muito provavelmente, trará arrependimentos. O ideal é pensar na crise antes que ela aconteça, fazendo análises para identificar os possíveis riscos. Dessa forma, caso ela ocorra, será possível amenizar os impactos causados.


O fato de que todos estão sujeitos a sofrer uma crise de imagem é tão verídico que temos um exemplo recente. O presidente do Conselho Regional de Relações Públicas (CONRERP/2º), Cláudio José de Andrade, na última sexta-feira (06), publicou em seu perfil no Facebook, um comentário negativo sobre o fato de as mães amamentarem seus filhos publicamente. A opinião foi muito criticada e o modo como ele reagiu aos comentários fez a situação piorar. Há outros exemplos de personalidades que prejudicaram a própria imagem com atitudes e pronunciamentos não apropriados:

A primeira Olimpíada organizada no Brasil, a Rio 2016, contou com um dos mais emblemáticos escândalos de imagem. O nadador estadunidense Ryan Lochte afirmou ter sido assaltado quando voltava para o alojamento da delegação dos EUA, quando, na verdade havia cometido atos de vandalismo em um posto de gasolina. Tal acontecimento causou um grande prejuízo à imagem do atleta, o afetando no aspecto esportivo e financeiro. Segundo a revista Forbes, o nadador deixou de ganhar entre 5 a 10 milhões de reais.


Em menos de um ano, o governo Temer já foi protagonista de diversas crises por opiniões, atitudes e escândalos de corrupção do próprio presidente e de seus ministérios. A última foi a declaração do então secretário de juventude, Bruno Julio, que na primeira semana de 2017 emitiu uma opinião sobre os massacres ocorridos nos presídios de Manaus e Boa Vista: “Tinha que matar mais, tinha que fazer chacina assim toda semana”. A opinião do secretário foi considerada desumana, chocante e que incita o ódio, e não levou em conta que a população carcerária brasileira é composta por 51% de jovens. Após um dia de má repercussão, o secretário pediu demissão do cargo.


Pensando nisso, vamos apresentar o papel do profissional de RP nesse cenário. O relações-públicas é um profissional capacitado para também gerenciar crises. É sua tarefa zelar pela imagem da organização e gerir os processos comunicacionais, inclusive prevenindo crises. Por isso, é essencial estar preparado para lidar com os imprevistos, e pronto para assessorar cada organização, figura pública a lidar com a mídia. É fundamental estabelecer capacitação através do media training, que é o treinamento de fonte junto à imprensa. Também é importante desenvolver um trabalho de assessoria de imprensa baseado na transparência, objetividade e clareza das informações. É extremamente necessário definir qual será a estratégia de posicionamento. E ainda, que a organização seja honesta em suas declarações oficiais e não caia em contradição.


Ao identificar a diminuição da repercussão negativa, o relações-públicas deve começar um trabalho de reconstrução da imagem da organização e traçar avaliações de quanto a crise afetou a imagem.

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