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O Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), incialmente abrangia Jornalismo e Relações Públicas, com o tronco comum de disciplinas. Assim, é possível observar as transformações ocorridas no curso, como em sua matriz curricular desse período até a atual, sejam elas nas relações interpessoais entre os alunos até as disciplinas estudadas em sala de aula.


Para compreendermos a percepção de como é ser aluno nessa época, conversamos com a professora decana, Laura Jane Vidal Bezerra, graduada no curso em 1986, pela UFAM, participante do corpo docente há mais de 25 anos.


A professora conta que as duas habilitações, na época, permaneciam juntas até o 5º período, em seguida, o aluno optava pela qual possuía maior interesse: Jornalismo ou Relações Públicas. Essa demora no contato com a área dificultava a conceituação da profissão, da atuação do profissional no mercado pelos próprios alunos. Além disso, apesar de possuírem o tronco comum de disciplinas, a maior parte do conteúdo possuía uma visão jornalística, devido à graduação dos professores.


Somando todos esses fatores, até chegar ao momento de escolher a habilitação de RP os alunos podiam não estar 100% prontos, pelo preparo teórico deficiente, moldado pelo prisma do Jornalismo. Pode-se dizer que esse direcionamento feito pelos docentes acabava por condicionar, fazendo com que a maioria dos alunos optasse pelo Jornalismo, consequentemente, o baixo número de remanescentes em Relações Públicas constituía um fator desestimulante.


Segundo depoimento de um dos fundadores do curso, Randolpho Bittencourt, os alunos de Relações Públicas tinham alguns desafios a serem superados, como a errônea forma de serem vistos, já que na perspectiva de imperito, pensava-se que o bacharel apenas servia café e abria portas de carros para autoridades. A professora acredita que isso se dava por conta dos anúncios da época, os quais apresentavam como requisitos a boa aparência. Outro ponto apresentado, tanto por Randolpho quanto por Laura, foi a ideia de que os graduandos eram “filhinhos de papai”, por serem, em sua maioria, pertencentes à classe média alta.


Muito se caminhou e muito se conquistou na área de RP. De um curso iniciado por uma parceria entre o Governo e o Instituto Brasileiro de Administração de empresas - por uma necessidade do momento político do país - passando pela categoria de matéria na matriz curricular do Curso de Administração e, depois, pela de opção de habilitação dentro de Comunicação Social, até chegar ao reconhecimento de Graduação, as Relações Públicas conseguiram eliminar alguns equívocos e preconceitos e se estabelecerem como área e como ciência. Contudo, sabemos, como graduandos, que a atividade precisa ter mais visibilidade na sociedade. Como futuros profissionais, buscamos exercer a profissão com êxito e ser exemplos dentro da área.



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